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 | 15/11/2008 20h25min

Lula comemora reunião do G-20 e diz que G-8 virou "clube de amigos"

Presidente brasileiro comemorou resultado do encontro em Washington

Depois de dois dias de intensas reuniões, em Washington, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil certo de que saiu com algumas vitórias, já que a principal reivindicação, de que é preciso controlar o fluxo de capitais, foi atendida com a decisão do G-20 de se criar de um colégio de supervisores para regular os mercados financeiros.

— Saiu a regulação — comemorou Lula, que saiu animado também com a retomada da negociação de Doha e com o fato de que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ficou nos Estados Unidos, para uma reunião com Madeleine Albreight, uma das mais importantes interlocutoras do novo presidente norte-americano, Barack Obama, na noite de hoje.

— Foi um dia histórico para a política mundial pois, há seis meses, ninguém podia imaginar que se chegaria a um consenso por unanimidade para cuidar melhor das finanças do mundo — declarou Lula, ao sair para a última reunião bilateral de Washington, com o primeiro ministro chinês, Hu Jintao.

Indagado se a consagração do G-20 significava o fim do G-8, Lula declarou: "eu não diria que foi o fim do G-8 porque o G-8, depois de tanto tempo, virou um clube de amigos e as pessoas vão continuar se reunindo". Mas assegurou que, "pela força política, pela representação dos países inseridos no G-20, não tem mais nenhum a lógica tomar decisões sobre economia, sobre política, sem levar em conta este foro de hoje".

Mais cedo, Lula tinha dito que "o G-8 não tem mais razão de ser porque é preciso levar em conta as economias emergentes no mundo globalizado". Lula disse que "sai feliz" das reuniões.

— Eu senti uma maturidade que há tempos eu não via. Sempre vi muita resistência e, depois dessa crise, todo mundo tomou um chá muito grande de humildade — ironizou.

Para o presidente, todos sabem que a crise não vai terminar amanhã, "mas os sinais que os presidentes passam para a sociedade, o mundo, é que nós vamos agir de forma mais política e mais coesa e que vamos trabalhar os temas mais delicados coletivamente". E concluiu: "é um alento muito importante e uma dosagem muito grande de otimismo para o mundo que vive em crise".

Gráfico explica a crise:

EFE
 
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